O órgão
é um instrumento musical classificado pela organologia como aerofone de teclas
pela passagem de ar comprimido em tubos de diferentes tamanhos. É, portanto, um
instrumento de sopro com a diferença de o ar não ser injectado pelo sopro
humano, mas sob a forma de ar comprimido que, acumulado pelo fole, é
reencaminhado para o respectivo tubo do registo e da nota que se quer fazer
soar.
O órgão é constituído por quatro partes:
* a pneumática: conjunto formado
pelos dispositivos de captação, retenção e envio do ar comprimido à tubaria,
bem como a regulação da sua pressão: ventilador, fole e contra-fole.
* a mecânica:
conjunto dos mecanismos que têm por fim a acção de determinado tubo ou
conjuntos deles.
* a tubaria (também dita canaria): somatório de todos os tubos do órgão, encarregues da emissão sonora.
* a caixa: estrutura, normalmente em madeira, que encerra todo o material anterior.
* a tubaria (também dita canaria): somatório de todos os tubos do órgão, encarregues da emissão sonora.
* a caixa: estrutura, normalmente em madeira, que encerra todo o material anterior.
Etimologicamente, o
termo órgão significa "o instrumento" por excelência, como conjunto/
composto/ organização dos sons, pelo que ao longo da história da música mereceu
o epíteto de 'rei dos instrumentos', como também Mozart lhe chamava. Embora se
tenha difundido a designação "órgão de tubos" para o distinguir dos
seus imitadores eléctricos, esta designação é incorrecta pois constitui-se como
redundância. (Seria o mesmo que dizer "piano de cordas"...) O
tratamento dado pela organologia aos instrumentos respeita as suas
características originárias e toda e qualquer imitação electrónica de um
instrumento musical não pode ser elevada ao estatuto de instrumento musical.
O tubo é o elemento responsável pela emissão sonora à passagem do ar através do seu corpo, funcionando como todo o instrumento de sopro. Quando o executante prime uma tecla {estando aberto um dos registos}, o ar comprimido é libertado e reconduzido para atravessar o tubo determinado,emitindo a nota correspondente. Consoante os registos que integram, os tubos podem ser de diversos materiais (estanho, chumbo, madeira), formas (cilíndrica, cónica, paralelipipédica), diâmetros e alturas.
O registo (ou jogo) é um conjunto de tubos com o mesmo timbre, dispostos de modo a poderem ser accionados por um tirante de registo (chamado também registo) existente na consola. Manobrando esses tirantes, o organista habilitará ou excluirá o conjunto de tubos em causa. Há registos que correspondem a mais do que uma fila de tubos.
A consola é a "mesa de comando" do órgão na qual se materializam todos os dispositivos manipuláveis pelo executante (o organista), o que compreende os teclados para as mãos (manuais) e para os pés (pedaleira) e os vários registos. A consola pode encontrar-se inclusa no corpo do próprio instrumento ou então separada deste.
As dimensões de um órgão podem ser muito variáveis, indo desde um pequeno órgão de móvel até órgãos do tamanho de casas de vários andares. Um grande-orgão moderno tem normalmente 3 ou 4 manuais de cinco oitavas cada, e uma pedaleira de duas oitavas e meia. Mas tanto se constroem órgãos de um pequeno teclado, como instrumentos enormes de vários teclados e milhares de tubos.
O seu espectro sonoro é o mais amplo de todos os instrumentos: varia imensamente em timbre, altura do som e amplitude sonora (volume). Os diversos timbres encontram-se divididos de acordo com filas e são controlados pelo o uso de registos. O teclado não é expressivo e não afecto a dinâmicas, mas é possível criar variados efeitos através da articulação. O som de um tubo permanece constante enquanto a tecla é premida.
Uma característica única é o fato de qualquer nota do órgão se poder manter perpétua e ininterrupta enquanto se pressiona uma tecla. A nota não se vai extinguindo gradualmente como no piano ou no cravo. Isto é adotado em religiões como um símbolo do imutável e do divino. Por outro lado, o órgão é o único instrumento capaz de sustentar o canto maciço de uma grande assembleia (vários milhares de pessoas). Contribui para tal feito a sua inigualável capacidade de simultaneamente proporcionar uma base harmónica à parte cantada (abaixo do registo vocal), como reforçar e sustentar a parte cantada (registo), como ainda aumentar o brilho harmónico acima do registro vocal.Outra característica é o fato de os seus variados timbres e amplitude sonora (volume) poderem mudar, conforme o número de pessoas que canta ser apenas uma ou um milhar delas.
E para encerramos Tai um vídeo passa que você possa ter uma ideia de o que é um orgão
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